Renascimento comercial - Fim do feudalismo e o capitalismo comercial Show
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação A Europa ocidental sofreu grandes transformações econômicas e sociais entre os séculos 11 e 14. Pouco a pouco, desmoronou o sistema feudal que vigorou no continente ao longo de quase toda a Idade Média. Para isso, entre outros fatores, contribuíram as Cruzadas, que foram expedições militares patrocinadas pela Igreja católica e organizadas pela cristandade medieval para libertar Jerusalém do domínio muçulmano. Burgos e burgueses Graças a essa retomada do comércio, muitos europeus deixaram o campo e foram viver dentro dos burgos - vilas fortificadas com muralhas, construídas entre os séculos 9 e 10 e posteriormente abandonadas -, onde esperavam encontrar melhores condições de vida. Em pouco tempo, contudo, esses lugares tomaram-se pequenos e as pessoas viram-se obrigadas a se instalar do lado de fora de suas muralhas. O dinheiro Por essa razão, o uso de moedas tornou-se essencial, substituindo o escambo ou troca de mercadorias. Isso possibilitou o aparecimento das primeiras casas bancárias, responsáveis pelas operações de câmbio e empréstimos a juros. Toda essa dinâmica fez com que o dinheiro passasse a ganhar importância e a terra e a produção agropecuária deixasse de ser a base da riqueza na Europa. Humanismo Além de empreendimentos comerciais, o maior contato entre os burgueses e os monarcas financiou o surgimento de novas universidades. Com a expansão comercial tomou-se necessário encontrar pessoas que entendessem de direito e comércio. A difusão do conhecimento deixou de ser algo exclusivo da Igreja católica - voltado para assuntos teológicos ou religiosos -, e o ensino tomou-se laico, voltado cada vez mais para questões mundanas. Guerra, fome e peste Todo esse crescimento, no entanto, sofreu um forte golpe no século 14, quando a Europa entrou em crise. Mudanças climáticas geraram um grave colapso no abastecimento agrícola. Apesar dos diversos avanços tecnológicos verificados no campo - como a invenção da charrua, da ferradura, a difusão dos moinhos de vento -, as safras não eram suficientes para toda a população europeia - que duplicara entre os anos 1000 e 1300. Milhares de pessoas passaram a conviver com o problema da fome. Mercantilismo ou capitalismo comercial Em meio a essa situação de fome, doenças, guerras e mortes, as camadas mais baixas da população sofriam também com a elevada carga de trabalho e com os altos impostos cobrados pelos reis. Todos esses fatores provocaram diversas rebeliões populares em vários pontos da Europa. Fugindo da exploração, novas levas de servos abandonaram os feudos e dirigiram-se para as cidades, onde passaram a trabalhar como assalariados.
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O que impulsionou o processo de fortalecimento do poder real na Baixa Idade Média?O fortalecimento da posição do rei aconteceu à medida que as relações feudais e de vassalagem enfraqueciam-se. Nesse processo, os reis combateram e puniram os senhores que desobedeciam as suas ordens ou que não cumpriam suas obrigações enquanto vassalos.
Quais foram os principais fatores que contribuíram para a centralização monárquica?Os fatores que promoveram as monarquias nacionais ou centralizadas foram as alianças entre o clero, a alta burguesia e a aristocracia, e a necessidade de construir um exército e políticas econômicas centralizadas.
Qual dos fatores abaixo contribuiu para o crescimento urbano da Baixa Idade Média?O crescimento urbano na Baixa Idade Média teve relação com o crescimento do comércio, que, de itinerante, passou a se fixar nas margens das cidades, os burgos. Além disso, eventos como as Cruzadas contribuíram para uma grande migração de pessoas, levando muitas delas para as cidades.
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